Pirenópolis - o que visitar
Em 1727, no Rio das Almas, Manuel Rodrigues Tomar descobriu minas de ouro que impulsionariam a colonização da região. Nesse lugar, hoje está Pirenópolis. É uma cidade com muita história e cercada por belos morros. Está situada aos pés da Serra dos Pireneus, um divisor de águas das Bacias do Paraná e do Tocantins, onde as águas brotam em terrenos ricos de quartzo, o que faz com tenham uma coloração límpida e sejam de baixa salinidade. Por essas características formam-se belas cachoeiras, principais atrações da cidade.
Veja algumas das principais atrações da cidade:
Na cidade:
Igreja Matriz Nossa Senhora do Rosário
Praça da Matriz
A igreja está aberta à visitação aos sábados, domingos, segundas-feiras, quintas-feiras e sextas-feiras, das 07:00 às 17:00h. Terça e quarta é fechado. Cobra-se uma taxa a título de manutenção.
Primeira grande construção religiosa do Estado de Goiás. Teve as suas obras iniciadas entre 1728 e 1732, no local que, segundo a tradição, era denominado "Buritizal". A fé e a riqueza dos aventureiros que viveram na época no auge da mineração do ouro das Minas de N. S. do Rosário fizeram que, em 1732, já fossem feitos os primeiros batismos no suntuoso templo.
O documento mais antigo sobre esta igreja, que se tem noticia, é o registro de batismo de Jarbas Jaime, datado de 1732.
A igreja foi construída de forma que, a qualquer hora do dia, o sol ilumine a sua fachada. A torre do lado do nascente foi construída em 1763. Até essa época, só existia a torre onde se encontra o sino. Em 1766, Reginaldo Fragoso de Albuquerque foi contratado para pintar o frontispício do altar-mor. Três anos mais tarde, esse altar foi recuado para aumentar o espaço da capela-mor.
Em 1832 já se falava da urgência em se fazer reparos no telhado da igreja, mas nenhuma providência foi tomada. Seis anos depois (1838) ele desabou sobre a arcada do altar-mor. Em 1842 foi terminada a recuperação.
Tombada em 1941, como patrimônio nacional, somente em 1997 passou por uma restauração significativa, com técnicas adequadas ás normas internacionais de preservação.
Os elementos artísticos que existiam nesta igreja eram no estilo barroco, de muita simplicidade. Existiam, antes do incêndio de 2002, cinco altares, todos ornados com laminações de ouro. No arco do Cruzeiro existiam duas estátuas de anjos e um cortinado com franjas, ambos esculpidos em madeira, que datavam de 1770. No teto da capela-mor estava pintada a imagem da Nossa Senhora do Rosário, datada de 1864. Havia também um barrado azul com grandes estrelas brancas na parede da Capela-mor.
Havia, nas torres, uma pia batismal em madeira, sua pintura imitava precisamente a pedra sabão, e na torre do campanário existiam 3 sinos datados de 1803 e 1865 e um relógio de pêndulo alemão, que funcionava, datado de 1885.
Entre os anos de 1996 e 1999 foi feita a restauração arquitetônica e artística da Matriz. Em 5 de setembro de 2002, apenas três anos após o término da restauração, a Matriz pegou fogo, destruindo em poucas horas o que, a custo, preservou-se durante séculos.
A reconstrução da Igreja Matriz iniciou em 2003, sendo reinaugurada em 30 de março de 2006.
Mais sobre a Igreja Matriz de Nossa Senhora do Rosário
Igreja de Nosso Senhor do Bonfim
Praça Sr. do Bonfim
Construída entre 1750 e 1754 por iniciativa do sargento-mor Antônio José de Campos. Seu sistema construtivo é em taipa-de-pilão, barro socado dentro de formas na própria parede, numa estrutura de madeira (tipo gaiola) que sustenta o telhado, composto por telhas de barro tipo coxa.
A configuração do espaço interno é semelhante às outras igrejas do período: com nave, capela, coro, duas torres, sacristia e consistórios laterais. Um elemento interessante que esta igreja ainda possui é o púlpito, que em muitas outras foi destruído após a não mais utilização deste recurso nas missas. Este servia para que o pároco desse um sermão na língua nativa, uma vez que as missas eram em latim, e também para a leitura do evangelho.
Há quatro sinos, 2 foram construídos em 1803 por Manoel Cotrim, fundidor de sinos famoso em Goiás. Um outro é de 1886 (a inscrição está meio apagada), de excelente sonoridade, premiado com selo do Imperador D. Pedro II. E o quarto, o mais velho, data de 1756.
A imagem que está no retábulo-mor, de Jesus crucificado, em talha de madeira e tamanho natural, foi trazida da Bahia em 1755, num comboio que contava com 260 escravos. Somente o retábulo-mor é que possue algum requinte em sua talha e um pouco de douração, já bastante desgastada pelo tempo.
Nessa igreja existem mais dois altares, dedicados a Santa Luzia e Santa Bárbara. O trabalho artístico são simples pinturas que imitam colunas com capitéis.
Ainda encontramos nesta igreja, uma imagem de roca do Senhor dos Passos, que é Jesus carregando a cruz.
As pinturas do altar mor e do teto foram feitas por Inácio Pereira Leal, possui quatro sinos sendo que um deles é um dos mais antigos de Goiás, de 1756.
O monumento foi tombado pelo IPHAN em 1988 e fica em cima de uma colina de onde se avista o centro histórico e morros circundantes. Com destaque para um belo pôr do sol.
Igreja do Carmo e Museu de Arte Sacra
Largo do Carmo, Alto do Carmo
Está às margens do Rio das Almas após a Ponte de Madeira.
Aberta de quarta a domingo das 11h às 17h.
A Igreja de Nossa Senhora do Rosário foi construída entre 1750 e 1754 pelo abastado minerador Luciano Nunes Teixeira e por seu genro Antônio Rodrigues Frota, como capela da família. Em 1868, foram feitas grandes alterações que a colocaram com a aparência semelhante a atual. E, em 1935, sua fachada foi reformada e alterada para o estílo art-decó.
Em 1976, por iniciativa do Sr. Pompeu Christovam de Pina, a igreja resgatou seu estilo colonial e iniciou-se o processo de transformação em Museu de Arte Sacra. Por 3 décadas, a igreja manteve-se quase sempre fechada, em busca do tão almejado museu.
Somente em 07 de outubro de 2009, a Igreja foi aberta e inaugurado o Museu de Arte Sacra. Em seu interior podemos encontrar diversos objetos de culto, sinos, altares, imagens e painéis educativos. Com destaque para os túmulos dos construtores Luciano Nunes Teixeira e Antônio Rodrigues Frota, e as imagens de Nossa Senhora do Carmo, a de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos e a da Boa Morte da Lapa, que compunham os alteres-mor das extintas Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos e da Igreja da Boa Morte da Lapa dos Homens Pardos e Pretos Fôrros.
De grande simplicidade, guarda uma decoração barroca rococó nos altares do interior com rica talha e significativa estatuária. A nave é única e as paredes são desprovidas de adornos. O piso é de madeira e tem níveis. Acima da entrada existe um coro de madeira, acessível a partir da nave por uma porta a oeste, e na parede lateral da nave sobressaem um púlpito, destinado aos pregadores. Após o arco-cruzeiro está a capela-mor. Ela possui piso de madeira e forro com as mesmas características dos da nave, além de duas janelas altas. Ao fundo da capela-mor, atrás do atual altar, há um retábulo barroco com detalhes rococós. Assim como os retábulos dos altares laterais, o da capela-mor é datado da metade XVIII. Ao centro do retábulo há um fundo nicho central em um dossel arrematado por frontão e volutas laterais, que é dedicado à imagem da padroeira, entronizada sobre um pedestal formado por quatro lanços superpostos com forma arretada. O altar possui ao centro e peanhas laterais para estatuária; cada uma, entre um par de colunas apoiadas sobre mísulas trabalhadas.
Casa de Câmara e Cadeia (Museu do Divino)
Largo do Carmo, Centro Historico
A Casa de Câmara e Cadeia de Pirenópolis foi a primeira cadeia do estado de Goiás, sendo construída em 1733 no Largo da Matriz de Pirenópolis.
A casa histórica foi demolida em 1919, construindo-se uma réplica no Largo da Ponte Velha. Até 1999, o robusto sobrado, por incrível que pareça, ainda funcionava como Casa de Câmara e Cadeia, onde no pavimento superior estava instalada a Câmara Legislativa Municipal e no inferior a Cadeia Pública.
Em 1999, a Câmara deixa o prédio, que já se encontrava em péssimo estado de conservação, e o pavimento superior acabou sendo ocupado provisóriamente pelo Corpo de Bombeiros, que logo o desocupa e ficando, ainda, o pavimento inferior como Cadeia. Em dezembro de 2005, a cadeia deixa o prédio e ele entra em processo de restauração pelo IPHAN - Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.
Ao iniciar a restauração, o IPHAN encontra paredes e parte do telhado prestes a ruir, soalho de madeira apodrecido e, por se tratar de uma cadeia, as janelas haviam sido parcialmente obstruídas com tijolos. A rede de água e luz estavam péssimas e o esgoto, no caso fossas negras, eram subdimensionadas. O projeto de restauração efetuou várias modificações: as 4 celas externas ao prédio e o pátio foram transformados em banheiros, cozinha e jardim. Internamente, no piso inferior, uma parede foi eliminada unindo 2 das 3 celas que existiam, formando uma ampla sala. O acesso ao pavimento superior foi modificado, ao invés da entrada externa, lateral, como uma íngreme escada de madeira sem corrimão, como havia, foi substituída a porta externa por janelas com grades e uma escada de madeira menos íngrime com corrimão de ferro.
Após o restauro foi criado no local o Museu do Divino Espírito Santo, que foi inaugurado em 7 de outubro de 2009, em alusão às comemorações pelo 282º aniversário da fundação da cidade. O museu abriga peças relativas à Festa do Divino de Pirenópolis.
Theatro de Pyrenopolis
Rua Comendador Joaquim Alves, s/n, Praça da Matriz
62 3331 2029
Construído por iniciativa do lavrador Sebastião Pompeu de Pina, que contou com a ajuda da comunidade, através de alimentos, roupas e animais doados para serem leiloados, e da esposa, que vendeu biscoitos para arrecadar dinheiro para sua construção. Demorou doze anos para ser erguido, sendo fundado em 1899.
Seu estilo construtivo é híbrido, luso-brasileiro, com estrutura de madeira aparente e paredes de adobe. Por décadas foi intensamente utilizado, para apresentações de óperas, danças e peças teatrais. Naquele tempo, início do século XX, as peças, principalmente as operetas, duravam várias horas com vários atos, entre um ato e outro, enquanto se preparava o palco, as famílias se entretiam trocando quitandas, cafés, lanches e bebidas. Crianças dormiam em colchões improvisados e músicos afinavam seus instrumentos.
A partir de 1945, o Teatro de Pirenópolis passou a funcionar como cinema, depois como serraria, fábrica de móveis e casa comercial. Chegando a virar bar, garagem e armarinho.
Em 1979, a Fundação Cultural do Estado de Goiás comprou o prédio, que o restaurou. Tombado como patrimônio em 1988, somente em 1990 é que voltou a funcionar como teatro, sendo interditado em 1997 por perigo de desabamento, quando iniciou-se um amplo trabalho de restauração e reforma.
A restauração, concluída em 1999, comemorando o centenário de sua fundação, conservou a fachada, a estrutura e a volumetria original, introduzindo vários recursos técnicos que adaptaram e modernizaram sua estrutura interna, dando melhores condições técnicas aos atores e maior conforto à platéia.
As poltronas da platéia foram acolchoadas, assim como sua declividade aumentada. Foram instalados sistemas de isolamento acústico, de exaustão e ventilação; equipamentos para acústica, como rebatedores e mudança no alinhamento de paredes. E foram instalados equipamentos de som e luz, além de camarins, oficinas e depósitos sob o palco, entre outros.
Em 2003, foi instalado um ar condicionado, uma vez que os sistemas de ventilação e exaustão não funcionaram a contento.
Hoje, o teatro conta com 160 poltronas na platéia, mas, com o uso do mezanino, há a possibilidade de acomodar até 230 pessoas; Palco de 7 x 7 m (49 m2) e 4,5 de altura (vão). Ciclorama no palco e camarim subterrâneo comum; Ar condicionado; Foyer; sistema de som e luz.
Cine-Pireneus
Está localizado na rua Direita
Mantêm-se aberto de Segunda a Sexta 09h às 18h, com agendamento. Sábado das 09h as 20h e Domingo das 09h as 15h.
O prédio foi construído em 1919, em estilo neo-clássico, para funcionar como teatro, pelo padre espanhol Santiago Uchôa.
Em 1936, a fachada foi alterada para o estilo art-decô, por Antônio Puglisi, estilo artístico de vanguarda da época e mais condizente com a função de edifício destinado a cinema.
Nos anos seguintes, o cinema foi o maior sucesso da cidade. Da zona rural vinham pessoas montadas, que pernoitavam na cidade, apenas para assistir a uma exibição. Com a chegada da televisão, os habitantes da cidade acabaram se esquecendo do até então, amado cinema. E assim em 1975 o Cine Pireneus exibiu seu ultimo filme, “Leão do Norte”.
Apesar de tombado dentro do conjunto arquitetônico do Centro Histórico de Pirenópolis, isso não impediu que o Cine Pireneus viesse a ruir completamente, ficando de pé apenas sua velha fachada. Depois de organizar uma parceria com o Governo Federal e a Prefeitura de Pirenópolis, com amparo técnico de IPHAN e patrocínio da TELEBRÁS, a Sociedade dos Amigos de Pirenópolis (SOAP) iniciou a obra de reconstrução do prédio. Optou-se por preservar a fachada original e construir um prédio novo, mais moderno, embora com estrutura de madeira e poltronas de couro. A reconstrução do prédio teve início em 1999 e sua inauguração aconteceu em 23 de fevereiro de 2002.
Ponte do Carmo (Ponte de madeira sobre o Rio das Almas)
Centro Histórico
A primeira ponte foi construída em 1750 por Antônio Rodriguês Frota e , segundo a tradição local, foi levada por uma enchente, restando somente metade dela, episódio que deu a Pirenópolis o nome de Meya. Em 1890 Meya Ponte passou a ser Pirenópolis que significa Cidade dos Pireneus. A segunda ponte ruiu na passagem de um caminhão carregado, pois estava em péssimas condições. Supostamente a ponte atual é a terceira e possui a base de pedra.
Ponte Pênsil Dona Benta
Centro Histórico
Ponte de cabo de aço sobre o Rio das Almas construída em 2005. Inspirada numa antiga ponte de cabos de aço que havia no local.
Museu Rodas do Tempo
Av. Prefeito Luiz Gonzaga Jayme, 172 | Alto do Bonfim
62 3331 2487
Horário de Funcionamento: De quarta a domingo das 10:00 às 18:00 hs
O Museu Rodas do Tempo possui um acervo composto de motocicletas, bicicletas motorizadas, scooters, veículos de mais de duas rodas com motorização de motocicleta e bicicletas. Algumas curiosidades mecânicas e uma coleção de brinquedos de época. Motos americanas, européias, japonesas, brasileiras, bicicletas motorizadas, scooters, veículos especiais e bicicletas.
No processo de resgate das motos foi incorporada também a bicicleta. Afinal, a motocicleta é o resultado da motorização da bicicleta que, historicamente, a antecedeu. Bicicletas de passeio masculinas e femininas, bicicletas esportivas e veículos representativos da evolução da bicicleta estão expostos.
O visitante ainda poderá conhecer uma coleção de brinquedos antigos. Esta coleção está centrada num conjunto expressivo de brinquedos à corda de décadas anteriores a 1980.
Museu das Cavalhadas
Rua Direita, 39
62 3331-1166
Visitação: sexta a domingo, de 9h às 18 h
Fundado em 1992, o Museu particular das cavalhadas foi supervisionado por Maria Eunice Pereira e Pina durante 29 anos.
O Museu fala da história das Cavalhadas, folclore de Pirenópolis, uma encenação entre a luta dos Mouros e Cristãos que acontece na tradicional Festa do Divino Espírito Santo. Possui um rico acervo sobre as Cavalhadas: ornamentos, roupas coloridas, fotos, livros, selos, cartazes, mascara de boi, cara de onça, e muito mais.
Museu Lavras de Ouro
Estrada das Pedreiras/Estrada Parque dos Pireneus, 2km
62 8134 4313
62 9335 3506
62 3331 1543
62 9698 6125
O Museu das Lavras de Ouro é uma reserva que fica a cerca de 3 Km do centro da cidade.
Um pequeno museu de peças utilizadas pelo garimpo da época, e uma trilha com canais e muros de arrimo, formando um verdadeiro labirinto dentro da mata ciliar do Rio das Almas, que foram construídas com mão de obra escrava para exploração lavras auriferas do século XVIII.
Museu Mariano de Pirenópolis
Comunidade Católica Mater Christi - Rua dos Pireneus, 33
A Comunidade Mater Christi inaugurou o Museu Mariano em sua sede, em Pirenópolis, no dia 18 de fevereiro. O local está aberto para visitação, principalmente nos finais de semana. Nele o visitante poderá contemplar várias devoções de Nossa Senhora, na forma de imagens, ícones e gravuras, além das imagens de santos católicos.
Museu da Família Pompeu
Rua Nova, 31
62 3331 1166
O museu está localizado num casarão do século XVIII construído pelo comendador Joaquim Alves de Oliveira, onde, em 1830, funcionou a sede do primeiro jornal de Goiás: A Matutina Meiapontense. O acervo é constituído por fotografias, peças, jornais e instrumentos sobre a história regional.
Fazenda Babilônia
GO-431, Km 3
Distância: 24 km em asfalto (apenas 2 km em estrada de terra)
62 9294 1805
Horário de funcionamento: 09h00 as 16h00.
Era um dos maiores engenhos de acúcar do Brasil no final do século XVIII. Com a construção de Brasília e o incremento do turismo em Pirenópolis, a Fazenda Babilônia, por iniciativa da atual proprietária, foi aberta à visitação em 1997.
Em 1795, final do Século XVIII, chega a Meia Ponte o senhor Joaquim Alves de Oliveira. Homem culto, nascido em 1770, em Pilar de Goiás, educou-se junto aos padres jesuítas em São Paulo e desde moço mostrou excelentes dotes para o comércio, fazendo fortuna no Rio de Janeiro. Ao voltar para Goiás, vislumbrou progresso no até então fervilhante arraial de Meia Ponte.
Com a decadência das minas de ouro de Meia Ponte, o senhor Joaquim Alves de Oliveira iniciou a ousada empreita de construir o Engenho São Joaquim, primeiro nome da Fazenda Babilônia, que segundo Pohl, em "Viagem ao Interior do Brasil", era um dos maiores engenhos de açúcar do Brasil. Após o ano de 1800 o Engenho São Joaquim já era considerado como a maior empresa agrícola do Estado de Goiás. Na fazenda, além da cana de açúcar, plantava-se em escala industrial mandioca e algodão para a produção da farinha e fios de algodão para exportação. A Inglaterra, em plena Revolução Industrial comprava toda a produção de algodão goiano, cuja fibra era considerada uma das melhores do mundo. A produção desta fazenda era tão intensa que contava com cerca de 200 escravos, sendo 120 homens para o trabalho e 80 mulheres e crianças.
No relato de August Saint-Hilaire vale destacar a ordem e o asseio da fazenda, as relações com os escravos, a produtividade e o comércio de bens, em especial o algodão para exportação. Saint-Hilaire ainda descreve com maestria a estrutura da fazenda, a maquina de ralar mandioca movida a água e a organização das senzalas e oficinas.
O Comendador tinha uma renda muitas vezes superior à renda da província. Através da agricultura e do comércio conseguiu manter a então decadente Minas de Meia Ponte e transformá-la numa das principais cidades do estado. Por Meia Ponte passavam todas as "picadas de Goiás", pois era o centro comercial da província. Ainda Meia Ponte era a confluência das rotas comercias, recebendo tropas de Cuiabá, e despachando para Salvador e Rio de Janeiro. A tropa do Comendador, de quase 300 muares, levava, além dos produtos da fazenda, como o algodão, açúcar e farinha de mandioca, produtos diversos produzidos por outros fazendeiros da região, como o próprio algodão, que o Comendador incentivava e ajudava na produção e no comércio Na volta destas viagens trazia produtos essenciais, como o sal e ferros, e outros tantos que lhe eram lucrativos. Em algumas ocasiões da partida de sua comitiva, que era capitaneada por seu genro o Sargento-mor Joaquim da Costa Teixeira, iam também, por conforto e segurança, aqueles que desejavam viajar para fora da província, tornando a comitiva uma empreitada solene, de longa duração e com muitos animais, carregamentos e muita gente. Para se ter idéia, gastava, em picadas pelo sertão, 3 meses de viagem para chegar a Salvador ou Rio de Janeiro, e no mínimo mais 3 meses para voltar.
A decadência do Engenho iniciou antes da morte do Comendador, desiludido pela perda da esposa e filhos, pouco a pouco foi se desinteressando pelos negócios. Como não deixou herdeiros, apesar de ter tido três filhos, legou o Engenho São Joaquim, por testamento, ao seu braço-direito, seu genro e Sargento-mor Joaquim da Costa Teixeira.
Das construções e opulência da época do Comendador, muito se perdeu. Sem a presença do Comendador, o comércio decaiu e a fazenda diminuiu sua produção. Até que, em 1864, Joaquim da Costa Teixeira vendeu-a para o Padre Simeão Estelita Lopes Zedes, bisavô da atual proprietária, Dona Telma Lopes Machado.
Padre Simeão comprou, em 1864, parte da Fazenda, e encontrando lá, nesta ocasião, uma grande quantidade de agregados e escravos, achou que aquilo mais se assemelhava à Babilônia e desde então passou a chamar de Fazenda Babilônia. Em 1876, adquiriu mais uma parte da extensa fazenda, e atravessou o fim do século XIX e início do século XX como uma fazenda produtora de gado de corte.
Meia Ponte não resistiu as transformações do fim do século XIX. A morte do Comendador, a abolição da escravatura e a proclamação da república, fizeram com que as rotas comerciais fossem deslocadas, perdendo a então próspera cidade o status de centro mercantil, vindo a invadir o século XX com a economia estagnada, baseada principalmente no gado de corte.
O tempo cumpriu seu papel e desfez a senzala e oficinas, muros e estábulos, sobrando, por determinação da família, o belo casarão, sede da fazenda, com a casa, capela, varanda e o pátio do antigo engenho abrigados por um vasto telhado de duas águas de grandes telhas de barro. Devido a histórica importância a casa e suas dependências foram tombadas em 1965.
Hoje, a fazenda, além de trabalhar com pecuária, mantém o belo casarão, que preserva ainda cerca de 80% de sua originalidade. O casarão de grossas madeiras expostas, a capela, um pequeno museu de objetos antigos, sua história e o fabuloso e nutritivo café colonial, fazem da Fazenda babilônia a mais representativa fazenda histórica de Goiás.
O casarão, de porte majestoso, é sustentada por grossos esteios e vigas de madeiras, com paredes de adobe e pau-a-pique. Algumas destas madeiras chegam a medir 2 palmos de largura e atravessam vãos livres de cerca de 15 metros. O enorme telhado, cobertos com telhas-coxa, é composto de caibros rolíços de cerca de 20 cm de diâmetro, muito próximos uns dos outros. Todo este madeirame é unido por encaixes precisos e cavilhas de madeiras. Muito pouco metal foi usado, havia carência deste material devida a dificuldade da importação ocasionada pela distância e o custo da longa viagem. Os pregos usados, principalmente nos assoalhos, são pregos quadrados, feitos manualmente em bigornas, e até as dobradiças das portas são em madeiras.
A casa segue um padrão conhecido como arquitetura colonial paulista, pois era comum durante o século XIX, as fazendas paulistas construírem casas deste estilo, que tem como característica mais marcante a sua distribuição espacial, que permitia ao senhor vigiar e controlar toda a fazenda de alguns poucos lugares estratégicos da casa. No caso da Fazenda Babilônia, da ampla varanda controlava-se toda a senzala e as edificações externas, e da sala de jantar, rebaixa e a moenda.
Destaca-se dentro desta grande construção, a capela, ainda toda original, localizada ao final da grande varanda, que acompanha toda a frente da casa. Dedicada a Nossa Senhora da Conceição e de pequenas dimensões, conserva o assoalho de madeira, os forros pintados com as imagens de São Joaquim e de Santana, emolduradas por elementos artísticos barrocos. O altar, estreito e ao fundo, é encimado por um pequeno nicho onde se encontra a imagem de Nossa Senhora da Conceição sobre um retábulo todo de madeira. Chama atenção os diversos espelhinhos redondos, correntes pintadas e meia-luas, provavelmente herança dos artistas escravos africanos. Na parede, contígua a casa, há uma janela treliçada que dá vista a sala. Deste modo, da sala se vê o altar. É também uma maneira de contemplar as mulheres, que assistiam as missas acomodadas na sala, os homens assistiam, em pé, na varanda, e apenas o padre ficava dentro da capela.
A fazenda conta também com um pequeno museu com diversos objetos antigos, do tempo das mulas, das camas de tiras de couro e colchão de crina, quando se fazia velas de cera e as mulheres montavam em cilhões, carregando as tralhas em bruacas de couro duro.
O resgate que a Fazenda babilônia oferece não se resume somente ao patrimônio e história, aos finais de semana e feriados na extensa mesa acompanhada de uma bela vista da fazenda, é servido uma fartíssima refeição composta de mais de 40 itens, o Café Sertanejo da Fazenda Babilônia. Feito com produtos da própria fazenda o café resgata receitas antigas, típicas de um Goiás rural e antigo. E tudo isso regado a suco de frutas da época e típicas da região, caldo de cana, leite e café.
Festa do Divino (Cavalhada)
Evento tradicional em diversas regiões do país, a Festa do Divino Espírito Santo acontece também em Pirenópolis. Um detalhe, porém, faz a diferença: a Cavalhada, uma bela e emocionante encenação onde os cavaleiros revivem lutas medievais envolvendo mouros e cristãos. Introduzida em 1826, pelo Padre Manuel Amâncio da Luz, como um espetáculo chamado de "O Batalhão de Carlos Magno", a festa folclórica dura três dias e acontece um mês e meio depois da Páscoa. A programação inclui ainda coroação do imperador, espetáculos de fogos de artifício, repique de sinos e procissão de bandeiras. Os eventos são sempre acompanhados pelos mascarados, que se fantasiam com coloridas cabeças de boi ou de onça e divertem a garotada.
Rua do Lazer
Centro Histórico
Praça do Rosário
Trilhas, Rios e Cachoeiras:
Santuário da vida silvestre Vagafogo
Rua do Frota, 888
Acesso pela rua do Carmo, km 6
62 3335-8515
62 9222-5471
O Santuário Vagafogo é uma Reserva Particular do Patrimônio Natural - RPPN, criada em 1990. Localizada aos pés do Morro do Frota, a Fazenda Vagafogo mantém intacta uma área de mata ciliar do Rio Vagafogo, com jequitibás, angicos, copaíbas (paus-d'óleo) e jatobás que atingem 25 m, além de grande diversidade de fauna e flora.
Oferece uma bela trilha de 1.500 m em meio a árvores da mata ciliar, com calçamento especial em madeira para proteção do substrato florestal e para evitar a formação de erosões. A trilha conta também uma pequena cachoeira com piscina natural. Além desse passeio, o Santuário oferece atividades de arvorismo e um saboroso brunch com alimentos produzidos na própria fazenda a partir de frutos do cerrado e produtos locais, que é servido das das 09:00 h às 16:00 h.
Site do Santuário da vida silvestre Vagafogo.
Cachoeira do Rosário
Rodovia GO 338, Pirenópolis, Goiás, Brasil
Saindo de Pirenópolis, siga pela rua direita até o cruzamento que dá acesso ao aeroporto e saida para goianésia. Siga em frente por 29 km. Após passar a segunda ponte encontrará a via de acesso à direita. Siga por mais 9 km até a Cachoeira.
62 8417 6565
62 9952 8515
62 9672 1968
A cachoeira com 42 m de queda negativa e que termina em uma bela piscina natural, fica no Santuário das Araras e é acessível por trilha. O espaço oferece almoço caipira.
Cachoeiras das Araras e Renascer
O acesso é feito pela saída Oeste, Rodovia GO-338 (Aeroporto, estrada para Goianésia), são 17Km (2 km de terra).
62 9973 1150
62 8403 9915
Uma trilha de 200 m nível leva até a Cachoeira das Araras, uma deliciosa queda de 7 mts de altura e um poço de 90m². Mais 1.800 m de trilha até a Cachoeira Renascer. Possui estacionamento, banheiros, lanchonete e restaurante nos finais de semana e feriados. Localizadas no Rio Dois Irmãos.
Reserva do Abade
Acesso pela estrada para o Parque dos Pireneus
São duas belas cachoeiras, a Cachoeira do Abade, com 22 metros, com poço para banho e prainha, e a Cachoeira do Canyon (7 m). Oferecem ainda uma trilha de 2,5 km com mirantes, corredeiras leves, poços, e uma ponte suspensa com bela vista do vale.
Reserva Ecológica Vargem Grande (Cachoeiras do Lazaro e Santa Maria)
Estrada Municipal Pirenópolis/Cocalzinho Km 9 – Fazenda Vargem Grande
Pela estrada dos Pireneus, 11 km da cidade, 7 km de estrada de chão
62 3331 3071
62 9652 6857
A Fazenda Portal do Sol é uma bela Reserva Particular do Patrimônio Natural - RPPN, possui trilhas de até 1,5 km e as cachoeiras do Lázaro e Santa Maria. Criada em 29 de outubro de 1996, conta com uma área 360 hectares de vegetação de cerrado preservados, onde é possível encontrar inúmeras espécies vegetais e animais.
A reserva abriga inúmeras espécies em extinção, como o Tamanduá Bandeira, Veado Campeiro, Gavião Real, o Mico-estrela, a Onça Pintada, que utiliza a reserva como corredor reprodutivo.
A Cachoeira Santa Maria é a mais indicada para pessoas com limitações ao caminhar, ou idosos. São apenas 500 metros de caminhada até a cachoeira em trilha plana e calçada. A área é muito rica em cerrado nativo, veredas, matas ciliares, vegetação rupestre, campos e trilhas.
Já para Cachoeira de São Lázaro, o acesso feito por uma trilha de aproximadamente 1.300 metros após a Cachoeira de Santa Maria, sendo seu acesso feito por uma trilha de aproximadamente 1.300 metros, de pedras bem regulares, proporcionado assim as condições para um passeio seguro e tranquilo. O passeio é encantador, a bela cachoeira forma em sua queda uma deliciosa piscina para banhos e sua praia de areia branca é banhada pelo sol o dia todo.
Site da Reserva Ecológica Vargem Grande.
Cachoeiras Meia Lua e Usina Velha
Com acesso pela estrada para o Parque dos Pireneus, a Fazenda Meia Lua fica a 6 km do centro de Pirenópolis, na região das pedreiras da cidade. Formam uma bela seqüência de quedas, mais de 200m de corredeiras que terminam em uma agradável piscina natural.
O acesso à cachoeira fica apenas a 100m da área do estacionamento e da lanchonete, o caminho é todo realizado por trilhas bem estruturadas com pedras e corrimões.
Cachoeira Bom Sucesso
Fazenda Bonsucesso, saída do Carmo 3,5 Km
62 3331 2145
62 9659 7501
Aberta ao público das 7h as 17h.
Recepção na sede de uma fazenda colonial com bar, venda de artesanato, doces, queijos, licores e comida caseira nos finais-de-semana.
A Fazenda Bonsucesso conta com 06 cachoeiras que ficam no ribeirão Soberbo, afluente do rio das Almas. As cachoeiras são Açude, Landi, Palmito, Pedreira, Bonsucesso e Lagoa Azul.
Pela fazenda passava o Caminho do Norte da Estrada Real, calçado com pedras, por onde era transportado até Salvador o ouro produzido em Meia Ponte. Depois, virou rota do comércio e serviu a travessia do gado rumo a pastos verdejantes com boas aguadas.
Cachoeira dos Dragões
Acesso pela estrada para Goianésia.
São 8 cachoeiras numa trilha de 4,5 km de percurso. É aconselhável o acompanhamento de guias devido a bifurcações na trilha.
Parque Estadual Serra dos Pireneus
Acesso pela estrada para o Parque dos Pireneus, km 20
(62) 3331-2633
Os horários para visitação são:
- Das 08 hrs as 17 hrs (horário normal);
- Das 09 hrs as 20 hrs (horário de verão).
Criado em 1987, com área de 2,833,26 ha, abrange três municípios goianos: Pirenópolis, Cocalzinho de Goiás e Corumbá de Goiás. Quase todo ele situa-se acima dos 1.200 metros de altitude. Nele podemos encontrar diversas formas de Cerrado: campos e matas rupestres, campos limpos, úmidos e semi-inundáveis, matas semi-caducas, matas de galeria, campos de murundu. Vale a pena conhecer.
Segundo a tradição local, a serra recebeu este nome por haver na região imigrantes espanhóis que encontraram semelhança com os Pireneus da Europa, cadeia de montanhas situada entre a Espanha e a França.
Tem como principais características as formações rochosas em arenitos e quartzitos, datadas do período pré-cambriano, que abrigam fitofisionomias rupestres com diversas espécies endêmicas. O local é divisor de águas das Bacias do Tocantins e do Prata. Vários córregos nascem no alto da Serra dos Pireneus, formando o Rio das Almas e o Rio Corumbá, que além da importância ecológica, abastecem diversas comunidades da região.
Os pontos mais visitados são:
Pico dos Pireneus
Com 1.385 metros de altitude, é o ponto mais alto da região. Importante marco geográfico, foi objeto de especial interesse da Comissão Crulz, grupos de cientistas que por aqui estiveram em 1892 para a demarcação o quadrilátero do Distrito Federal. A Comissão calculou com precisão a sua altitude e deixou no local um documento com o seguinte teor:
"Ascensão ao Pico dos Pyreneus - Alto do pico mais elevado, em 8 de Agosto de 1982.- Ás 12 horas da manhã do dia 8 de Agosto de 1892, 4° da Republica dos Estados-Unidos no Brazil, chegou ao alto d´este pico, o mais elevado d´entre os dos Pyreneus, a Comissão Exploradora do Planalto Central do Brazil e aqui fez observação para determinar com a maior precisão as coordenadas d´esta posição.
E, para attestar em qualquer época a sua presença, lavrou este documento que é por todos assignado e que depois de convenientemente lacrado, fica depositado no alto do próprio pico.
Assignaram: -L.Cruls. – Antonio Pimentel.- H. Morize.- Tasso Fragoso.- Pedro Gouvêa.- A. Abrantes.- Alipio Gama.- Hastimphilo de Moura.- P.Cuyabá.- Henrique Silva.- Paulo de Mello."
Em 1927, Cristovam José de Oliveira erigiu uma pequena capela sobre o pico. Em 1935, um vendaval destruiu a capela de madeira e no mesmo ano foi construída uma outra de alvenaria, que resiste até hoje.
Morro Cabeludo
Defronte ao Pico dos Pireneus fica este morro, com mais de 1.350 metros de altitude. É habitat de espécies endêmicas rupestres, como cactos, orquídeas e bromélias. Sua formação rochosa quartzítica é datada do período pré-cambriano, cerca de mais de 1 bilhão de anos.
Cidade de Pedra
É considerada a maior cidade-de-pedra do Brasil e fica a 1.300m de altitude, em uma área de cerca de 600 ha, a 56 km de Pirenópolis. São formações rochosas de cânions, labirintos e rochas de formatos diversos, lembrando animais e rostos. Algumas formações tem mais de 15 metros de altura, esculpidas pelo vento e pela chuva durante milhões de anos. Parece um lugar que a natureza quis que ficasse isolado para ter a liberdade de criar. É um bom lugar para lembrar da criança que ficava imaginando formas, animais, navios, rostos quando olhava para as nuvens.
Para visitar o local, conhecido com Serra de São Gonçalo, é imprescindível a presença de um guia experiente, pois a caminhada é de dificuldade média a alta, com cerca de 10 km, em trilhas sujas de mato e terreno muito acidentado, e o local é um verdadeiro labirinto. Não há cachoeiras ou corrégos no local.
A Propriedade é particular. Provavelmente será necessário um veículo 4x4 para chegar ao local. Boa parte da viagem tem que ser feita a pé.
O local foi decretado Monumento Natural Municipal em 04 de outubro de 2005 devido ao alto grau de relevância de suas formações rochosas, endemismo de espécies e beleza cênica. Podemos avistar dobras, falhas e fraturas em quartizito e em rochas sedimentares muito bem preservadas. Há uma grande variedade espécies de flora como veloziáceas, eriocauláceas, broméliaceas e líquéns rochosos num ambiente espetacular e muito diferente do que se tem costume de ver.
Ecocentro IPEC
Rodovia GO 338, km 47, Pirenópolis, Goiás
62 3331 2111
Pirenópolis foi, por muito tempo, abrigo para comunidades alternativas. Dessa cultura, nasceu um excelente Centro de Permacultura. O IPEC (Instituto de Permacultura e Ecovilas do Cerrado) é uma organização não governamental sem fins lucrativos que tem seu escritório no Ecocentro. O IPEC foi fundado em 1998 com a finalidade de propor soluções sustentáveis para problemas na sociedade.
Assim, o Permacultor André Soares e a pedagoga e escritora Lucy Legan ministraram cursos de Permacultura em todas as regiões do país e no exterior, capacitando diversos permacultores para a evolução de uma proposta de mudança. Em 1999, eles iniciaram a construção de um espaço para demonstrar a viabilidade dos princípios da Permacultura e da Bioconstrução, o Ecocentro. Com a missão de proporcionar experiências educativas práticas, o Ecocentro IPEC vem implementando uma infra-estrutura para uma escola de estudos sustentáveis e desenvolvendo tecnologias e soluções apropriadas para a realidade atual.
Atualmente, o Ecocentro é a referência em Permacultura e Bioconstrução para brasileiros e estrangeiros que querem aprender sobre a vida sustentável. Em 13 anos foram criadas estratégias de habitação ecológica, saneamento responsável, energia renovável, segurança alimentar, cuidado com a água e processos de educação para a sustentabilidade de forma vivenciada.
Site do Ecocentro IPEC.